O Deus criativo te chamou para criar

Uma das coisas que mais me encanta durante o processo de criação de Deus, é que ele não poupou derramar sobre seus filhos sua criatividade. A bíblia se inicia revelando um Deus criador que é criativo (Gênesis 1:1). Criar está na essência celestial, faz parte da natureza da trindade e Jesus sendo a imagem do Deus invisível e o primogênito de toda a criação (Colossenses 1:15) seguiu carregando essa essência durante os seus ensinamentos. Ele se expressava através de parábolas, de experiências, de criações manuais em madeira ou até mesmo escrevendo na areia, mas ele sempre se comunicava de maneiras diferentes, dependendo de onde ele estava e com quem ele estava falando. Um Deus tão infinitamente criativo fala com cada pessoa de maneira específica, ele usa as mais variadas formas para garantir que a mensagem alcance o coração do homem. 

Quando nós, como filhos e pequenos cristos na terra, nos permitimos sermos fiéis a criatividade posso afirmar que a essência do criador permanece na criação. Se colocarem um Monet original e uma réplica na minha frente, eu não saberia distinguir, mas um especialista sim. Ele reconhece a essência do artista e tudo pode ser copiado, menos o que vem de dentro, ou no nosso caso, o que vem do alto. 

Disse então Moisés aos israelitas: “O Senhor escolheu Bezalel, filho de Uri, neto de Hur, da tribo de Judá, e o encheu do Espírito de Deus, dando-lhe destreza, habilidade e plena capacidade artística, pa­ra desenhar e executar trabalhos em ouro, prata e bronze, para talhar e lapidar pedras e entalhar madeira para todo tipo de obra artesanal.

Êxodo 35:30-33

Deus sabe reconhecer o que toca na essência de cada um. Comigo ele fala através de analogias e da literatura, com outros ele fala através de músicas ou parábolas. Ele não se limita às possibilidades, pois a missão é fazê-lo conhecido por todos os povos, em todas as línguas e culturas.

“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. “ 1 Coríntios 12:4-6

Antes de um grande milagre, temos um exemplo prático de como Jesus treinava a criatividade dos seus discípulos.

“Levantando os olhos e vendo uma grande multidão que se aproximava, Jesus disse a Filipe:

“Onde compraremos pão para esse povo comer? “Fez essa pergunta apenas para pô-lo à prova, pois já tinha em mente o que ia fazer. ” João 6:5,6

Jesus sabia que naquele momento começar a pregar não seria prático, havia caos, fome e muito barulho. Mas para que a mensagem alcançasse aquele povo era necessário servi-los. Ele questionou os discípulos pois se eles não estivessem prontos para se expressar além das palavras, de que forma iriam se comunicar com aqueles que viriam a ignorar a mensagem da salvação após a morte de Jesus? 

Na igreja, a arte se manifesta de várias maneiras, como teatro, dança, louvor, pintura, filmagem, fotografia e a pregação verbal da palavra, mas ela sempre deve ter um único propósito: Glorificar a Deus e tocar o espírito. Pessoalmente falando, a dança não é algo que fala com a minha essência, mas conheço pessoas que se converteram através da dança profética durante o louvor. Jesus nunca escreveu um livro, não tocou instrumentos, nem fez história através de peças teatrais, mas fez da sua vida uma obra de arte a ser admirada. 

Ele nos mostrou que comunicar a verdade, não importa por qual meio, é o maior ato de amor que podemos demonstrar pelo próximo. Assim também a igreja deve unir criatividade, essência e compaixão para enfim fazer de toda a nossa vida uma proclamação pública do amor que carregamos e não guardamos, mas expressamos. 

Eu creio, e escrevo, para uma geração que se levanta para usar toda sua criatividade em favor do reino, como forma de gratidão e reconhecimento de um favor imerecido. Uma geração que se conecta com todos, em todos os lugares ao mesmo tempo, falando em único nome, sobre o único salvador. Uma geração de pintores, poetas, fotógrafos, escritores, dançarinos e ministros usando o dom que foi depositado por Deus na nossa essência durante a criação para exaltar o criador.  

Livrem-se de toda vaidade, todo bloqueio de mente e influência do mundo e permaneçam fiéis à criatividade quem vem do alto. 

Carol Toledo

Carol Toledo é jornalista, tem 31 anos e mora em Guarulhos São Paulo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *