Não é como nos filmes – Lynn Painter (Melhor do que nos filmes – vol. 2)

O livro que não precisava (e nem deveria) existir

Livro 1: Melhor do que nos filmes

No primeiro livro nós temos a história de Liz Buxbaum, uma garota que cresceu apaixonada por filmes de amor e acredita que vai sim viver esse amor cinematográfico. Ela tem certeza de que Michael, seu crush antigo e atual vizinho, é o cara ideal. 

Mas como em todo bom filme entra em cena Wes, o vizinho sarcástico, desleixado e completamente fora dos padrões do príncipe encantado mas que, por ironia do destino, se torna seu aliado nessa busca pelo amor. Mas é claro que com o tempo, a Liz e o Wes se aproximam e percebem que na verdade se gostam e são um casal perfeito como nas comédias românticas.

Livro 2: Não é como nos filmes

O livro começa com um salto de 2 anos desde o fim do primeiro e agora a Liz está na UCLA fazendo faculdade e não está mais namorando o Wes, nao sabemos o que aconteceu, mas ela não quer nem ouvir falar sobre ele. Após a morte do seu pai, Wes ficou muito abalado, inclusive ele precisou largar os estudos e voltar para sua cidade natal para cuidar da mãe que também estava sofrendo com o luto.

Por causa de algumas questões pessoais do Wes ele terminou o namoro com a Liz, mas isso a abalou demais, foi uma situação bem chata e pesada e ela ficou muito magoada com ele ao ponto de não querer mais nenhum tipo de contato. Mas depois de dois anos do término, Wes volta pra faculdade decidido a reconquistar a Liz.

“E nos meus sonhos mais loucos, eu nunca teria imaginado que, enquanto eu chorava por tantos 12:13s, você também chorava. Eu te amei, senti sua falta, te odiei e me arrependi, mas nunca te perdoei ou te esqueci.”

Eu demorei muito tempo pra me render a esse livro, sinto que estou entrando em um esquema de pirâmide ao ler os livros dessa série. Eu li o primeiro livro já deve ter uns dois anos e na época lembro que achei fofo mas não morri de amores, afinal sou uma jovem senhora de 31 anos e nesse livros os personagens são muito novos. Maaaas me indicaram muito esse leitura, falando que ele tinha uma pegada diferente do primeiro e isso realmente é verdade. 

Tenho a teoria de que se fosse a Colleen Hoover fazendo um personagem de um livro dela ter essa atitude que o Wes teve aqui, esse livro seria super cancelado no tiktok. Mas como não foi ela que escreveu passaram um pano gigantesco. Eu comecei o livro super empolgada, achando a história legal, mas em 60% eu não aguentava mais. O livro tem um único assunto, não tem nenhum conteúdo paralelo, é só ele correndo atrás da Liz e a Liz descobrindo o que ele passou enquanto estavam separados.

Outra coisa que me incomodou muito foi o tanto de citações a taylor swift que teve no livro,  nas primeira eu achei legal, mas depois de um tempo eu já achei completamente brega e forçado. Pra mim, o que era pra ser fofo e divertido, se tornou vergonhoso e enfadonho.

“A pequena Liz não pode atender o telefone agora. Por quê? Ah, porque ela está morta.”

Mas eu odiei o livro? De maneira nenhuma… achei legalzinho.

Indico ou vou ler os outros livros da série? Não mesmo…

Foi bom pra passar o tempo, relaxar e esfriar a mente. É uma leitura ótima para pré adolescentes, pois não tem conteúdo adulto.

“Eu te amo, Wes Bennett, não me lembro de uma época na minha vida em que não te amei.”

Carol Toledo

Carol Toledo é jornalista, tem 31 anos e mora em Guarulhos São Paulo.

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